Notícias >> Entrevista a Hélder Costa, CEO da Rolling Space no Jornal Económico: “Os advogados perceberam que a tecnologia é um ponto de não retorno”.

Notícias >> Entrevista a Hélder Costa, CEO da Rolling Space no Jornal Económico: “Os advogados perceberam que a tecnologia é um ponto de não retorno”.

Notícias >>  Entrevista a Hélder Costa, CEO da Rolling Space no Jornal Económico: “Os advogados perceberam que a tecnologia é um ponto de não retorno”.
A empresa portuguesa Rolling Space lançou no segundo trimestre deste ano, em plena pandemia, um sistema de gestão na cloud para a advocacia e está a implementar 40 licenças do produto nas sociedades de advogados em Portugal.
Em entrevista ao Jornal Económico, o CEO, Hélder Costa, explica como a segurança é garantida com tecnologia Salesforce.

 

O que vos levou a criar uma solução para a área jurídica?

No desenrolar da nossa atividade e na interação com vários clientes fomos constatando que, no que diz respeito à prática jurídica, a forma como a atividade era desempenhada era obsoleta: a informação sobre os diferentes processos estava dispersa por várias aplicações, sujeita a uma gestão complicada e com potenciais perdas de tempo e dados. Percebemos então que havia uma oportunidade de satisfazer essa necessidade de um sistema de gestão para a área jurídica em Portugal. Aproveitando a nossa experiência com várias empresas de serviços jurídicos, desenvolvemos a plataforma Rolling Legal, um sistema simples e intuitivo que, de forma inovadora, pretende dar resposta às necessidades recorrentes destes profissionais: automatizar tarefas rotineiras, registar tempos para envio de notas de honorários, tomar decisões com base em dados analíticos sobre os processos, entre outras ferramentas necessárias para a gestão e sucesso de uma sociedade de advogados ou de um departamento jurídico. A estreita relação com os clientes acabou por torná-los consultores de negócio, com a realização de sessões de investigação teórica sobre os temas em apreço e investigação sobre a forma de otimização dos processos, cruzando-os com as diretrizes legais, com o intuito de se criar um produto transversal a todos os clientes com necessidades neste campo da gestão. Apesar de haver várias plataformas nacionais vocacionadas para a gestão de negócio, o mercado português no setor jurídico é pequeno, especialmente se comparado com a realidade de outros países, o que o torna pouco atrativo.

 

Considera que os escritórios de advogados em Portugal têm um nível elevado de maturidade digital?

Apesar de ser difícil generalizar, creio que não se trata tanto de ter ou não maturidade digital. Os advogados já usam a tecnologia a seu favor e nota-se crescente preocupação com a digitalização da sua atividade e a respetiva cibersegurança.
O que acontece muitas vezes é que, apesar de já possuírem bastantes competências digitais, os escritórios de advogados carecem de disponibilidade financeira para investir quer na tecnologia, quer na formação dos seus colaboradores.
Felizmente já existem em Portugal algumas sociedades que possuem essa disponibilidade o que,aliada à implementação dos desenvolvimentos tecnológicos e à adoção de novos métodos de trabalho,também se traduz numa vantagem competitiva. Não podemos esquecer que a própria justiça ainda tem algum caminho a percorrer, como se constatou com as dificuldades na realização dos julgamentos virtuais.
Estes julgamentos revelaram muitas das fragilidades quer do sistema quer do setor.


Houve mais procura pela plataforma durante o confinamento?

Constatámos que os advogados prestaram mais atenção a este tipo de soluções. Apesar de termos conhecimento de algumas sociedades que já possuíam algumas ferramentas que lhes permitiam trabalhar remotamente, foi uma excelente oportunidade para dar maior visibilidade. Acredito que também os advogados perceberam que o recurso a este tipo de plataformas, que lhes permitem aceder a toda a informação à distância de um clique, seja em casa ou no tribunal, é um ponto de não retorno, no que diz respeito à sua atividade.
Temos consciência de que a ‘crise anunciada’ poderá ser um acelerador de implementações de plataformas cloud, dado que este investimento irá suprimir outros, designadamente ao nível da infraestrutura TI local. A economia de custos falará cada vez mais alto, a par de todos os benefícios reais deste sistema de gestão jurídica.

Como garantem a segurança da informação?

É construída sobre a plataforma Salesforce, uma arquitetura de segurança robusta e flexível em que confiam empresas de todo o mundo, incluindo as das indústrias mais regulamentadas (financeiro, saúde e governo). Confiada por mais de 150 mil empresas globais, fornece segurança e controlo sobre tudo, desde a autenticação de utilizadores e clientes através de permissões administrativas até ao modelo de acesso e partilha de dados.